14 Jun / 2021

Onde está o palavrão na frase “É um prazer conversar com você”?

Um artigo publicado pela BBC narra o caso de um fotógrafo americano que utilizou um software de tradução simultânea para conversar com um chinês – e, ao pronunciar as palavras acima, teve sua fala transformada num xingamento cabeludo.

Embora a capacidade de processamento de um computador seja milhares de vezes superior à de um ser humano, a tradução automática ainda está longe de ter a mesma qualidade que o trabalho realizado por intérpretes e tradutores profissionais. Via de regra, as máquinas são incapazes de identificar ironia, sotaque, entonação, polissemia (diferentes sentidos para uma mesma palavra), sutilezas e diferenças estruturais entre as línguas. Todos esses elementos são fundamentais para passar um discurso de um idioma a outro, de forma acurada, compreensível e elegante. Na falta deles, o resultado é uma mensagem sem nexo, com erros engraçados e frequentemente graves.

Em situações informais – como traduzir um cardápio numa viagem de turismo – os softwares podem, sim, ser úteis (ainda que haja o risco de levar gato por lebre, literalmente). Em conversas de cunho profissional, porém, as escorregadas podem ser fatais: um mal-entendido, um equívoco ou um trecho com sentido invertido têm o potencial de levar ao fracasso de uma negociação e causar muita dor de cabeça.

O texto completo da BBC está aqui, em inglês (e não estranhe o começo do artigo: ele realmente não faz sentido, pois é fruto de uma tradução realizada por máquina).